O Amor Platônico
O amor platônico é um amor na procura do ideal, a perfeição e a beleza. Não é um amor carnal, nem apaixonado, não procura a intimidade, se vive em solidão.
Se caracteriza por ser mais emocional e intelectual que passional. Predomina a parte afetiva, sentimental, do pensamento e da imaginação. Não são amores impulsivos, já que a parte instintiva não é tão significativa neste tipo de amor.
A visão romântica da vida
As pessoas que vivem amores platônicos são aquelas com uma visão romântica, conectadas com suas emoções e aqueles intelectuais que processam tudo com a mente. Os de espírito intelectual o expressassem através de suas obras e reflexões e os românticos através de sua expressão criativa e artística. Se observa também em pessoas introvertidas e inseguras que não têm o valor de viver um amor passional ou físico, mas que têm uma sensibilidade acentuada.
Estas pessoas também necessitam do amor por ser a energia e a força maior que tem o ser humano e portanto recorrem à construção de amores platônicos.
A idealização e a frustração
O apaixonado idealiza o ser amado com pensamentos e sentimentos apaixonados, mas sempre através da imaginação, o que gera frustração vinculada à esperança de um encontro com a pessoa amada.
Os pensamentos são algo tão íntimo, que o apaixonado é livre de dar rédea solta a sua fantasia sem nenhum tipo de censura. Não trata-se somente de um amor ideal, mas irreal, pois não reconhece os defeitos nem os erros do outro, pelo contrário, se idealiza o bom e o belo em uma fantasia absoluta.
Se o amante se arriscasse a experimentar com a pessoa amada, demore ou cedo se decepcionaria ao comprovar que a pessoa real tem pouco que ver com a qual construiu e à qual idolatra na sua imaginação. É por isso que quem experimenta o amor platônico, geralmente não se namora alguém com quem tenha muitas possibilidades de contato, tudo o contrário, procura modelos inalcançáveis (atores,, modelos, estrangeiros), para ter poucas ou nulas possibilidades de tentar na realidade e assim, não ter de renunciar a seu anseio.
O amor platônico se manifesta como uma necessidade de ter o ideal sem ter de passar pelo filtro da realidade.
O amor platônico também se manifesta como uma frustração. Por um lado se mantém a ilusão, mas por outro se lamenta de não ser capaz de fazer realidade seus sonhos. Isto faz com que a expressão dos sentimentos seja por um lado de tristeza e por outro de esperança.
O amor platônico se caracteriza por: não ter matizes, é tudo ou é nada; a pessoa amada é perfeita; é um amor temporal, não envelhece; está imerso no sonho, a nostalgia, a tristeza, a ilusão e a esperança; se vive na mente e na fantasia, nunca na realidade; é limpo e puro; está suspendido no tempo e o espaço.